O procedimento de pavimentação asfáltica é um dos mais importantes quando falamos em infraestrutura das cidades e transporte viário.
Porém, a situação atual da pavimentação no Brasil apresenta alguns desafios. Segundo dados de 2019 do Anuário CNT do Transporte, a infraestrutura disponível para os automóveis nas rodovias não atende à crescente demanda. De 2009 a 2021, a frota de veículos aumentou 74,1%, enquanto a malha disponível cresceu apenas 0,5%.
Além disso, a qualidade do pavimento também deixa a desejar pela falta de investimento no setor de transporte. Segundo a pesquisa, 59% das rodovias brasileiras foram avaliadas como regulares, ruins ou péssimas. Tendo esse cenário em vista, vamos entender a fundo o que é pavimentação asfáltica e como esse procedimento impacta as cidades brasileiras.
O que é pavimentação asfáltica?
De acordo com o livro Pavimentação Asfáltica – Formação básica para engenheiros, podemos definir pavimento como:
“Uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnica e economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do clima, e a propiciar aos usuários melhoria nas condições de rolamento, com conforto, economia e segurança”.
Ou seja, a pavimentação asfáltica é um conjunto de estruturas que tem como objetivo melhorar e facilitar a locomoção de veículos.
Esse tipo de pavimento é dividido em 4 estruturas:
- Revestimento asfáltico: Tem como objetivo resistir às ações do tráfego intenso, diminuindo a pressão para as sub-camadas, impermeabilizando o asfalto e melhorando as condições de rolamento. É importante ressaltar que a maioria dos problemas de desgaste e deformação da pavimentação asfáltica está ligada ao revestimento.
- Base: É a camada abaixo do revestimento e tem como função resistir aos esforços gerados pelos veículos e distribuí-los para as camadas inferiores.
- Sub-base: A sub-base é complementar à camada superior.
- Reforço do subleito: Por fim, o reforço serve como suporte, reduzindo a espessura da sub-base e evitando gastos adicionais.
Além dessa estrutura, os pavimentos podem ser divididos em duas categorias: rígidos e flexíveis, ambos usados em diferentes situações. Isso porque um projeto de pavimentação deve considerar a base do terreno, o fluxo e o clima local.
O pavimento rígido tem como base placas de concreto e é mais utilizado em vias em que o tráfego é intenso e precisa suportar pressões externas, como cargas pesadas. Já o pavimento flexível tem base granular e revestimento asfáltico, sendo o mais comum e utilizado no Brasil.
Esse tipo de material possui um custo de implantação menor e permite que os reparos sejam realizados mais facilmente.
Qual o impacto nas cidades?
Agora que já entendemos o que é, vamos compreender por que a pavimentação asfáltica é tão importante e como a má qualidade de um asfalto pode impactar as cidades.
Primeiramente, é importante nos atentar a dois fatores: a qualidade e a durabilidade da pavimentação.
Como vimos na pesquisa realizada pelo CNT, praticamente 60% das rodovias brasileiras foram avaliadas como regulares, ruins ou péssimas. Isso tem origem em alguns fatores fundamentais, como: falta de planejamento, poucos recursos destinados à área, baixa qualidade no material escolhido para o pavimento e manutenção realizada de forma equivocada.
Vejamos alguns dos fatores com mais detalhes.
Chuva ou tráfego excessivo de veículos
A chuva e o tráfego de veículos com muita carga podem fazer com que a pavimentação asfáltica apresente alguns problemas, como rachaduras e buracos.
A água e o tráfego agem simultaneamente no pavimento asfáltico. Dessa forma, com as chuvas recorrentes e uma vedação realizada de forma incorreta, a água penetra no subsolo, afrouxando as camadas superiores. Já o tráfego intenso de veículos, como caminhões de carga pesada, intensifica a corrosão do solo e faz com que o pavimento seja danificado dia após dia.
Um exemplo dessa situação foi noticiado recentemente em São Paulo. De acordo com o portal G1, as chuvas na cidade têm piorado a situação do asfalto de algumas ruas e avenidas. Afinal, basta uma fissura não resolvida para a água da chuva causar um estrago.
A Avenida Jornalista Paulo Zingg, Zona Oeste de SP, está com asfalto cheio de buracos em toda sua extensão. Ainda de acordo com o portal de notícias, as pedras da base estão se soltando, o que piora com o tráfego intenso na via.
Dessa forma, o pesquisador Rubens Vieira do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) afirma: “A água pode penetrar nessas fissuras e ir lavando esse revestimento, removendo o asfalto do concreto asfáltico e aí vai formar como se fosse uma cárie em dente, vai abrindo buraco até atingir camadas de baixo e aí o pavimento pode ter ruptura total”.
Manutenção realizada de forma errada
A falta de manutenção ou os reparos realizados de forma incorreta é outro fator relevante quando falamos em má conservação do pavimento asfáltico. Em algumas cidades, por exemplo, o cimento asfáltico é aplicado à frio sobre o asfalto danificado. Esse reparo, por sua vez, torna a pavimentação mais frágil, causando mais buracos na via.
Além disso, fazer as camadas abaixo do revestimento com espessuras maiores tendo como objetivo diminuir custos, pode levar a baixa durabilidade do asfalto. Outro fator que pode afetar negativamente a pavimentação asfáltica é a não periodicidade das manutenções.
É por isso que há as chamadas manutenções preventivas ou preditivas, cujo objetivo é antever os problemas, de forma que eles não se tornem ainda maiores. No caso da pavimentação asfáltica, a manutenção corretiva é também bastante relevante, uma vez que ela permite que reparos rápidos sejam realizados nas vias. Porém, quando não há esse cronograma de manutenção citado acima, a população sente o impacto direto.
Moradores de Caçapava (PB), por exemplo, reclamam da falta de manutenção na pavimentação das ruas do bairro. Segundo eles, o asfalto colocado há cerca de dois anos está em más condições e causa transtornos a quem transita nas vias.
Fonte: https://molpsengenharia.com.br/
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